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junho 18, 2010

Homenagem a José Saramago

1922 - 2010

O passado é um imenso pedregal que muitos gostariam de percorrer como se de uma auto-estrada se tratasse, enquanto outros, pacientemente, vão de pedra em pedra, e as levantam, porque precisam de saber o que há por baixo delas.

A VIAGEM DO ELEFANTE, página 35

junho 16, 2010

junho 15, 2010

junho 12, 2010

Homenagem a Guilherme Parente

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junho 11, 2010

junho 09, 2010

junho 08, 2010

No leito de morte de Eugénio de Andrade

Manuel António Pina

Na mão de Ana o iogurte não
iluminava, escurecia,
comunhão ajoelhada
no fundo do coração do dia

dividido onde, desperto, ele dormia.
O movimento da colher embalava-o
como uma música que quase se ouvia
neste mundo ou um colo que o adormecia.

A tarde declinava, as sombras,
como sonhos, alongavam-se na almofada;
tudo fazia um sentido
literal e simples onde não alcança a poesia,

Se alguma coisa ficara
por dizer (onde ouvira ele isso?) já não iria ser dita;
as palavras haviam-se sumido, transidas,
no interior da casa, o próprio silêncio emudecera.

Senhor, permite que adormeçamos
antes que feches a luz,
que os rebanhos estejam recolhidos
e os credores se tenham afastado da nossa porta,
mas que tenhamos pago as dívidas aos que nos serviram
e aos que nos amaram e aos que nos esperaram;
as tuas grandes mãos sustentarão o telhado e as paredes
e moerão o grão e fermentarão o trigo,
apaga com as tuas mãos o nosso rasto
e que repousemos
sem motivo para nos culparmos
por não termos sido felizes.

Foz do Douro, 22/1/2005

Poema publicado no JL  nº1035

junho 07, 2010

junho 05, 2010

junho 04, 2010

junho 02, 2010

junho 01, 2010